#96 A volta de Jeff Bezos à Amazon 95% dedicada à inteligência artificial, o founder mode da Brex e Ramp, AI > SaaS e os Orions super cool da Meta
Founder Mode
Pedro Franceschi, cofundador da Brex, trouxe um relato bem direto sobre como 2024 foi um ano de virar o jogo para a empresa. Ele fala de mudanças culturais grandes, cortes em camadas de gestão, produtos novos que realmente fizeram barulho (como soluções globais de pagamento e funcionalidades com IA), e reflexões pessoais sobre liderar uma empresa que quer durar décadas. O texto tem aquele tom de quem viveu intensamente o processo, sem romantizar, mas com aquela energia de "estamos no caminho certo". Vale muito a leitura!
Se você está em founder mode ou só quer entender como startups fazem mágica no caos, a história da Ramp é uma aula de execução brilhante. Eles pegaram algo tão empolgante quanto uma planilha com gestão de despesas e aprovação de gastos, e transformaram em uma plataforma mission-driven. Enquanto concorrentes gamificam tudo com milhas e recompensas, a Ramp aposta na contramão: mostrar onde dá pra cortar custos.
O segredo está no foco brutal em eficiência, decisões inteligentes e uma cultura alinhada com a missão. Sem truques mirabolantes ou hype vazio, só uma abordagem pragmática que traduz visão em impacto com comprometimento em economizar tempo e dinheiro pra todo mundo envolvido - clientes, empresa e equipe. É o tipo de case que faz qualquer empreendedor querer parar pra anotar algumas dicas.
O texto por si só tá bem legal, cheio de referências top tier como Clayton Christensen, Elad Gil, Michael E. Porter e Ben Thompson.
Amazon
Baita entrevista com Jeff Bezos! Não sei se consigo condensar a mais de uma hora de conversa para o NYT, mas ele até que fala bastante sobre decisões polêmicas, como a do Washington Post (adquirido por ele em 2013) de não endossar candidatos presidenciais. Mesmo enfrentando críticas, ele defendeu sua escolha, afirmando que se tratou de uma decisão corajosa, não covarde.
Agora, o que realmente brilhou na conversa foi sua volta à Amazon, especialmente devido ao avanço da inteligência artificial. E Bezos destacou que a IA está se tornando uma camada horizontal essencial, capaz de melhorar praticamente todos os aspectos da empresa. Ele tá bem envolvido no desenvolvimento de soluções, particularmente no lançamento de modelos de linguagem como o Nova, que ele acredita ser altamente competitivo no mercado pela vantagem de ser altamente otimizado para o uso na AWS.
Vale dizer que a Amazon está aplicando a IA para melhorar todas as suas áreas da operação, desde o atendimento ao cliente até a logística, passando por inovações em áreas como robótica.
A conversa também abordou o futuro no espaço com a Blue Origin e os planos de Bezos para usar a Lua como ponto de partida para a colonização de Marte. Na visão dele, a chave para resolver os problemas ambientais da Terra está em levar as indústrias poluentes para fora do planeta, criando um modelo de exploração espacial sustentável. Ele enxerga o espaço como um lugar onde dá para crescer sem as barreiras que a Terra impõe.
Sobre forma de liderar, ele comentou sobre a importância de criar empresas que consigam seguir sem depender de um único líder. Mesmo depois de sair da Amazon como CEO, ele estava preocupado em garantir que a empresa fosse independente e se sustentasse sozinha. Para ele, o lance é identificar boas ideias, executar bem e formar novos líderes no caminho.
Se você já se pegou comprando algo online e pensando "quero isso agora", não está sozinho. Gigantes como Amazon, Walmart e Target entenderam que entregar no mesmo dia não é só conveniência, é estratégia para fidelizar e aumentar o ticket médio. A lógica é simples: quanto mais rápido chega, mais você volta.
A Amazon puxou essa corrida, reformulando sua operação logística com hubs regionais e até drones. Walmart e Target responderam com força, usando suas lojas físicas como centros de distribuição para encurtar prazos. O resultado? Uma batalha logística que está redefinindo como consumimos e quanto estamos dispostos a gastar por isso.
Facebook/Meta
A Meta está focada no lançamento dos seus óculos de realidade aumentada, os Orion, e a ideia é fazer deles algo tão natural e essencial quanto os Airpods. Em vez de te puxar para um novo mundo digital, a proposta é integrar a tecnologia ao ambiente de forma bem prática e discreta. Algo como ter um computador no rosto, mas sem aquele peso todo dos VRs da era pandêmica – já que o lance dos Orion é ter uma experiência híbrida leve, quase imperceptível na sua rotina.
Com câmeras, sensores e projetores, os Orion são um super tech pack mas com design tipo Ray-Ban. E a Meta pretende desafiar a Apple com esses óculos, criando uma maneira da gente interagir com a tecnologia de maneira menos invasiva.
Old but gold!
No X
O recorte mais preciso da volta do Bezos à Amazon.
Um overview das empresas públicas dos EUA e da UE com menos de 50 Anos e valor de mercado superior a US$ 10B.
As IAs especializadas podem ser ainda maiores que o SaaS, com um mercado que pode ultrapassar os US$ 300 bilhões. De acordo com o pessoal da YC, os vertical AI agents não apenas substituem o software, mas também custos com mão de obra, tornando empresas menores mais ágeis e eficientes. E o aumento da concorrência nesse setor, claro, acaba criando um ambiente propício para novas unicórnios.
O segredo está em identificar tarefas repetitivas e pouco valorizadas, como o caso de um fundador da YC que encontrou uma solução de IA para o processamento de cobranças dentárias. Exemplos de sucesso, como MTic e Cap.Al, mostram como a IA está transformando áreas como testes de qualidade e suporte a desenvolvedores. Dá pra mergulhar mais fundo nesse vídeo.