#73 AI: progressão dos modelos de linguagem, a chegada dos chatbots do Instagram, o impacto nos players de ad-tech e a paciência como ativo
AI
Se você não bota muita fé nas tendências contínuas e no potencial transformador dessas tecnologias, esse artigo não é pra você. Agora, se o assunto até te interessa mas você precisa de uma carteirada por parte do autor (algo compreensível dada a incômoda e crescente quantidade de "especialistas de AI" na internet), tá na mão um conteúdo do Leopold Aschenbrenner, fundador de uma companhia de investimentos focada em AGI e que, antes disso, integrou a equipe de superalinhamento da OpenAI.
A análise trata da progressão dos modelos de inteligência artificial, explorando de maneira bem completa a evolução dos modelos de linguagem (do GPT-2 até o GPT-4) e o potencial da inteligência artificial geral (AGI) até 2027. Logo no início do documento (que você pode baixar como pdf), Aschenbrenner já compartilha de onde vieram todas essas informações.
"Embora eu tenha trabalhado na OpenAI, tudo isso é baseado em informações publicamente disponíveis, minhas próprias ideias, conhecimento geral da área ou boatos de San Francisco"
Philippe Laffont, founder e gestor de portfólio da Coatue Management, participou de um especial do Bloomberg Wealth, com mediação do David Rubenstein, e compartilhou suas atuais perspectivas de investimento e estratégias para atuar no super dinâmico mercado de hoje em dia, além de discorrer sobre as empresas de AI favoritas dele.
Zuck anunciou, na semana passada, que o Meta já iniciou os testes de chatbots de AI criados por usuários no Instagram, através do Meta AI Studio. Esses avatares poderão interagir com outros usuários, e (em tese) serão claramente identificados como AI para evitar confusões. A funcionalidade vem com a promessa de ajudar empresas a otimizarem a interação com suas comunidades e clientes, e também possibilitar que celebridades se conectem com seus fãs.
O CEO do Meta falou que a criação de avatares de AI vai ser uma nova forma de arte que ainda vai evoluir muito. Estando ou não preparados para isso, vamos ser apresentados à novidade ainda esse ano. Apenas cinquenta creators e uma pequena porcentagem de usuários terão contato com essa fase inicial de testes mas a implementação completa está prevista para o final de agosto.Ainda para aqueles que fogem das opiniões duvidosas e irritantes de especialistas em AI que não têm qualquer base para as análises que compartilham, esse artigo da OpenAI "Finding GPT-4's Mistakes with GPT-4" mostra como a equipe da companhia utilizou o próprio modelo GPT-4 para identificar e analisar erros cometidos por ele mesmo.
Eles exemplificam como a AI pode ser auto avaliativa, melhorando continuamente suas próprias capacidades. O estudo ainda detalha as metodologias empregadas, os tipos de erros detectados e as implicações dessas descobertas para o futuro do desenvolvimento da inteligência artificial.
“A Moeda Que Vingou”
Antes do Plano Real, a inflação no Brasil chegou a impensáveis 40% ao mês. Com a estabilização da moeda, todos os setores da economia tiveram que correr atrás do tempo para “sobreviver". Conhecer em profundidade esse período da história do Brasil é importantíssimo. E o Brazil Journal fez um trabalho muito legal com o doc "A moeda que vingou".
Longo Prazismo
Esse relatório da Lindsell Train trata do potencial transformador do investimento de longo prazo e o poder da capitalização por meio de exemplos históricos, como o investimento ~hipotético~ de $24 pela tribo Lenape, em 1626.
Tem de tudo aqui, comportamento de investidor, estratégia de baixa rotatividade, qualidade ao longo do tempo e paciência enquanto ativo... Ao final, o documento traz um apelo para que os investidores se concentrem em estratégias de investimento duradouras e que tenham paciência para que o efeito da capitalização de fato venha.Ainda nessa temática, trago outro conteúdo sobre a jornada de paciência (que cada vez menos pessoas querem vivenciar). A "paciência ativa" pode ser vista, segundo o autor, como uma combinação entre saber o que procurar e saber esperar pela oportunidade certa.
Do X…
Agentes e chatbots estão prontos para transformar a internet ao atenderem às buscas de forma mais eficiente do que os motores de busca tradicionais (aka Google). Mas qual vai ser o impacto nos players de ad-tech? Difícil dizer, né? De qualquer forma o Vivek Goyal fornece seus 2 cents sobre o assunto nesse artigo do X, cravando que a transformação acontecerá nos próximos 12-18 meses.