#67 AI: teses, red flags na OpenAI, o mercado chinês de ressuscitamento digital e wearables
AI
Formato bastante fluido e prático para condensar noventa e cinco teses em Inteligência Artificial.
A equipe responsável por desenvolver maneiras de governar e dirigir sistemas de IA “superinteligentes” da OpenAI recebeu a promessa de que contariam com 20% dos recursos computacionais da empresa. Acontece que as solicitações de uma fração disso eram frequentemente negadas, impedindo a equipe de realizar o trabalho. Essa questão, entre outras, levou vários membros da equipe a renunciarem na última semana, incluindo o co-líder Jan Leike, um ex-pesquisador da DeepMind que esteve envolvido no desenvolvimento do ChatGPT. E ele falou a respeito em uma thread no X.
“Há algum tempo que discordo da liderança da OpenAI sobre as principais prioridades da empresa, até que finalmente chegamos a um ponto de ruptura. Acredito que muito mais de bandwidth deveria ser gasto nas próximas gerações de modelos, em matéria de segurança, monitoramento, segurança, robustez contraditória, (super)alinhamento, confidencialidade, impacto social e tópicos relacionados. Esses problemas são muito difíceis de resolver e estou preocupado por não estarmos no caminho certo para chegar lá”
Existem muitas pessoas interessadas em usar IA para preservar, animar e interagir com entes queridos falecidos enquanto elas choram e tentam se curar do luto. O mercado é particularmente forte na China, onde pelo menos meia dúzia de empresas oferecem essa tecnologia. A tecnologia não é perfeita, os avatares ainda podem ser bastante robóticos – mas está amadurecendo, com mais ferramentas sendo disponibilizadas por mais empresas. Agora, o preço de “ressuscitar” alguém (também chamado de criação de “imortalidade digital” na indústria chinesa) caiu significativamente. A possibilidade está se tornando acessível ao público em geral.
Meta Ray Ban
Acabei de comprar os meus e vou dizer que é um produto incrível — gostei muito mais do que do Apple Vision Pro porque me senti mais inserido no meu contexto. Uma feature que me cativou bastante foi a possibilidade de mostrar o que estou vendo, via chamada no WhatsApp. Mas a integração da AI como um todo é realmente muito boa!
O fato é que a Meta não esperava que a IA generativa desempenhasse um papel tão importante nos óculos, até muito recentemente. Quando o CEO Mark Zuckerberg revelou pela primeira vez que a IA multimodal estava chegando até eles, ele descreveu isso como um “ângulo totalmente novo” em óculos inteligentes que pode acabar sendo o recurso matador antes dos “hologramas de super alta qualidade”.
Bom, so far a companhia do Zuck está ganhando sem muita dificuldade a corrida da IA vestível. Ok, a régua ainda está baixa, mas os smart glasses Ray-Ban da Meta estão provando ser a melhor implementação de IA vestível que existe.
Adoro reviews nesse estilo do Sheel Mohnot e achei a avaliação que ele fez do gadget a mais próxima da minha própria experiência.
Cartas de Fundos
Parte da minha audiência, assim como eu, tem genuíno interesse nas atualizações relacionadas a fundos de investimento. Então, selecionei duas das cartas publicadas recentemente.
A Social Capital trouxe, em sua sexta publicação anual, reflexões, observações e aprendizagens do ano que passou, incluindo a forma como as tendências econômicas e tecnológicas mais recentes moldaram o pensamento e a carteira de investimentos deles. Vale muito a pena ver!
A Lux foi mais no cerne do mercado, apresentando como temas: riskgaming, adjacências possíveis, construção de posição de caixa para fusões e aquisições, aumento do custo de capital, paradoxo de Moravec, e outros.
Do Twitter…
Este ano, os EUA serão responsáveis por 26,3% do PIB global, o maior desde 2006.
Uma provocação sobre quão lenta é a difusão da tecnologia, usando o Dropbox como exemplo.
A jornada dos fundadores de unicórnios em um infográfico maravilhoso da Endeavor.