#64 Software-with-a-service, software de luxo, LLMs, ReALM, open sourcing e muita AI
AI
Scott Belsky vem com uma tese bem curiosa sobre as novas interfaces e a ascensão do chamado "software de luxo" - uma realidade em produtividade, a exemplo de Superhuman (email), Cron, agora Notion (calendários), Arc (web browsing), Perplexity (search), que será ainda mais acelerada na era de AI.
"In the world of luxury software, designers will shift from being 'interface builders' to 'software artists’".
Interessante também a menção das pesquisas da Apple sobre LLMs e ReALM — AI que permitem que a Siri entenda o que está na sua tela.
Seguindo na linha da tese de que software-as-a-service está virando software-with-a-service, um artigo bem provocador. Achei bem interessantes os pontos sobre como criar um AI-first SaaS é bem diferente do playbook de SaaS tradicional. E é mais interessante ainda o ponto sobre TAM:
"Service markets are multiplefold bigger than software markets [...] by automating jobs, a full-stack service business can capture HR budgets, not software budgets, and get much larger ACVs than SaaS incumbents. As an SMB, you’re spending 10–100x more on an accountant than on accounting software (usually 10–50€/month for Quickbooks/Xero but 1000€ to an accounting firm). This also means that full-stack AI-first service businesses can go after much smaller markets but still build huge businesses."
E eu acredito que isso traz importantes implicações para empreendedores de SaaS, no Brasil - que já sofreram com TAMs menores do que empresas que nascem no US.
Mas vamos baixar o tom e aterrissar em argumentos um pouco mais "sóbrios", como os trazidos pelo Benedict Evans nesse artigo. O argumento dele é de que ainda estamos na busca dos "killer apps" de AI — e, de fato, há muita coisa a ser explorada e construída.
Sarah Tavel resume bem a velocidade percebida no mundo de AI e o número de oportunidades se abrindo.
Meta e AI
Meta soltou a nova versão do Llama. Achei bem interessante a performance do Llama 3. Ganha do Gemini 1.5 e do Claude 3 Sonnet na maioria das dimensões.
E a empresa também anunciou novos produtos e features. Gostei das integrações realizadas diretamente em produtos como, por exemplo, WhatsApp e Instagram. Implicações sérias para empresas que estavam replicando isso, como a LuzIA.
Entrevista com Mark Zuckerberg (perceberam como ele parece estar na sua fase mais espontânea?), com muita discussão em torno do Llama e das estratégias de AI da Meta.
Vale dizer que a Meta tem talvez os melhor "economics de AI" corporativo: uma distribuição incrível, um aproveitamento do trabalho de voluntários (usuários via RLHF) e um modelo de negócios que permite monetizar o uso do AI ao invés de receber por meio de assinaturas.
E a empresa está, claramente, seguindo uma estratégia de "commoditize your complement".
Do Twitter...
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