#55 Juros compostos, efeito cobra, dilema dos CEOs e provocações em produtividade
Gestão
Vale acompanhar o novo blog do sócio da Sequoia, Alfred Lin. O nome do blog é "Outliers Path" e, nele, Lin tenta dar dicas para founders se manterem no caminho dos "pontos fora da curva". Nesse artigo, ele discute o que Einstein presumidamente chamou de "oitava maravilha do mundo", os juros composto - mas no contexto da execução de uma empresa e seu(s) founder(s).
Outra frase famosa no nosso mundo é "mostre-me o incentivo e eu lhe mostrarei o resultado", como disse Charlie Munger. Quanto mais experiente eu fico, mais penso em como setar, medir e modificar incentivos. E esse artigo aborda o "efeito cobra", que é quando a solução para um problema sem querer faz com que o problema original se torne ainda pior. O texto faz referência ao post de Sam Altman de algumas semanas atrás, que compartilhei aqui na Reading List: "os incentivos são superpoderes; use-os com cuidado".
CEOs com muito carisma podem ser uma vantagem na mesma medida em que podem ser um problema.
Produtividade
https://www.sahilbloom.com/newsletter/the-4-types-of-professional-time
Em 2009, Paul Graham publicou um ensaio chamado "Maker's Schedule, Manager's Schedule" que abordava a diferença entre makers e managers e a importância de se permitir que eles existissem de acordo com seus próprios horários dentro de uma organização.
Em cima desse artigo, Sahil Blomm discorre sobre a composição do tempo profissional e propõe “tipos de tempo" e como podemos encontrar um equilíbrio ideal entre esses tipos. São eles: Gestão, Criação, Consumo e Ideação. A maioria de nós tem muita Gestão, um pouco de Criação e quase nenhum Consumo e Ideação. Provocação interessante!
Conforme o novo ano se torna apenas o ano vigente, pegamos nossas resoluções e vamos manejando elas em direção aos nossos objetivos. Mas, talvez seja necessário reavaliar se esses objetivos são de fato bons pra gente. E é sobre isso que o artigo de Jason Feifer fala.
O autor propõe que a gente se coloque três questões:
1. Por que não sou excelente nisso?
2. É porque sou excelente em outra coisa?
3. O que aconteceria se eu simplesmente fizesse aquilo em que sou excelente?
Não esperava tanto, mas esse texto traz novas perspectivas.
“A melhor maneira de se tornar valioso é não fazer tudo, mas sim fazer algo realmente bem – e conhecer suas próprias limitações.”
Jason Cohen publicou, há dois anos, diversas perguntas de brainstorming que ele usa para desencadear ideias melhores. E esses prompts que ele classifica como "extremos" têm como objetivo te empurrar para fora do "pensamento pequeno". Alguns podem parecer completamente malucos, mas fazem com que você abandone o convencional e adote novos pontos de vista. Inclusive, ele afirma que “perspectivas dramaticamente diferentes podem revelar ideias distintamente novas”.
Aqui vão algumas dessas perguntas-gatilho:
Se você fosse forçado a aumentar seus preços em 10x, o que teria que fazer para justificar isso?
Se todos os nossos clientes desaparecessem e tivéssemos que conquistar nosso crescimento e nossa marca do zero, o que faríamos?
Qual seria a coisa mais divertida de construir aqui?
Se nosso maior concorrente copiasse todos os recursos que temos, como ainda venceríamos?
E se você fosse forçado a cobrar dos clientes de uma maneira completamente diferente?
Você poderia crescer pelo boca a boca? O produto ajuda as pessoas a fazer isso de forma proativa?
Se nunca mais pudéssemos falar com nossos clientes, como descobriríamos o que construir?
E se você pudesse mudar alguma coisa no negócio, independentemente do que as pessoas pensam ou sentem?
Que externalidade tem o potencial de matar toda a empresa?
E se nosso único objetivo fosse criar o que há de melhor no mundo para os nossos clientes?