#52 AI como aceleradora das habilidades humanas, a alma da internet submersa nos oceanos e os 40 anos de Macintosh
AI: substituto ou complemento?
Muito se fala do potencial da inteliência artificial em substituir a atuação humana. Acontece que esse tipo de narrativa distópica acaba roubando a atenção de iniciativas louváveis, capazes de nos aprimorar e fornecer um suporte mais do que bem vindo.
O estudo acima aborda o efeito que o AlphaGo (programa de AI desenvolvido pela Deepmind/Google) obteve nos jogadores de Go - um dos jogos mais populares do leste asiático. A conclusão foi de que o desenvolvimento de programas de inteligência artifical como esse podem levar os jogadores a desviarem das estratégias tradicionais, sendo estimulados a explorar movimentos novos, o que, por sua vez, aprimora suas tomadas de decisões.
Acredito muito no impacto que a AI pode ter em aplicações voltadas à saúde. Esse estudo da Nature demonstra que o uso de Replika, um chatbot, ajudou estudantes solitários a se sentirem apoiados. Em termos de resultados concretos, 3% dos estudantes supostamente deixaram de ter pensamentos suicidas após conversarem com a aplicação. É claro que substituir a terapia profissional por chatbots é uma proposta complexa, que requer mais pesquisa e consideração de especialistas. Ainda assim, não podemos ignorar o fato de que vivemos em um mundo onde a terapia é inacessível para muitos. Por exemplo, 6 em cada 10 psicólogos nos EUA não têm mais disponibilidade para atender novos pacientes. O fato é que, muito em breve, a inteligência artificial pode ser um valioso aliado para a nossa saúde mental.
AI e os incumbentes
Esse tweet do Thomaz Tunguz me chamou bastante atenção:
Como já falei algumas vezes aqui na RL, diferentemente do que aconteceu na era mobile, os incumbentes estão levando a inteligência artificial bem a sério. Já estamos começando a ver a prova disso nos resultados das companhias. E, para uma compania de $150 bi de valor de mercado, esse fato é realmente marcante.
Miscelânea
Essa semana os 40 anos do Macintosh foram celebrados. E esse artigo traz um panorama de como era o mundo tecnológico antes e depois da Apple apresentar um novo computador, um bem diferente do PC da IBM.
https://www.cnet.com/home/internet/features/the-secret-life-of-the-500-cables-that-run-the-internet/
As profundezas frias dos oceanos do mundo podem até não fazer parte dos assuntos que mais nos interessam, mas é lá que está uma rede de cabos multimilionários e absolutamente vitais às nossas vidas online.
O programa Apollo tem grande importância na psiquê estadunidente. Quase todo norte-americano sabe quem é Neil Armstrong. As fotos tiradas durante as missões Apollo continuam entre as mais famosas do mundo. E, mais de 50 anos depois, os norte-americanos continuam a sentir orgulho por nenhum outro país ter conseguido colocar um homem na Lua. A razão disso tudo? É o que esse artigo se propõe a elucidar.