#34 Futureforming, as nuances de Elon Musk, o case da Plaid e, uma vez mais, Ozempic
Futureforming
Já que na reading list da semana passada eu trouxe um aspecto um tanto quanto sombrio dos nossos tempos atuais, nessa semana trago a visão dinamicamente oposta. E a carta da Lux aos seus investidores é sempre uma boa maneira de azeitar o otimismo - a desse trimestre está especial.
“Futureforming” é o que a Lux afirma colocar em prática ao construir um futuro com generosas pinceladas de otimismo, abundância e melhoria. A visão deles, bastante interessante por sinal, é de que, como seres humanos, tendemos a focar mais no pessimismo por três principais razões: (1) a lógica evolutiva de prestar atenção à dor, que parece ser duas vezes pior do que o prazer é bom ("if it bleeds, it leads"); (2) é muito mais rápido destruir do que construir e (3) os algoritmos de mídias sociais aceleram esses fatores de maneira intensa.
E, para trazer uma visão antagônica, de otimismo, eles introduzem o conceito de tempo-preço: dividir o valor nominal de um item ou serviço por um valor nominal de uma hora de salário.
"An hour of work today affords far more than any other time in the past, and that is because human ingenuity created innovations that increased productivity, which allowed us all to consume more for less and free up time to generate even more new ideas. This is an arc of progress: we drift ever upwards".
Riqueza é conhecimento, crescimento é aprendizado e dinheiro é tempo. Um conceito muito inspirador para todos os que formam o futuro.
Inegavelmente, poucas pessoas tem tanto impacto no nosso futuro quanto Elon Musk. O que é interessante desse artigo do Ronan Farrow para a New Yorker é que ele perfila Elon com muita nuância. De um lado, demonstra como ele é indispensável para vários programas governamentais, mas do outro mostra uma pessoa de alta volatilidade que, às vezes, diz e até faz coisas bastante malucas. Mas, talvez, seja exatamente isso que a gente devería esperar de alguém que faz coisas que quase ninguém consegue fazer. Essas pessoas têm que ser imprevisíveis mesmo, porque o previsível seria a SpaceX nem existir...
Ah, e em breve teremos a biografia de Elon Musk por Walter Isaacson.
Impressionante a história da Plaid, que recusou uma oferta de mais de $5 bilhões da Visa para continuar sua trajetória de forma independente.
Ozempic
Já trouxe o tema aqui há algumas semanas, e o assunto só vem ganhando relevância. Acho fascinante como descobrimos, quase sem querer, uma potencial solução para algo que aflige milhões de pessoas no mundo inteiro. Adoro pensar nos possíveis outcomes de segunda e terceira ordem dessa invenção.
Esse é um fato interessante demais para ser ignorado: o valor de mercado da Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, já excede o PIB da Dinamarca, país-sede da empresa.
Ao que tudo indica, em breve existirão novos formatos para Ozempic, e também novos medicamentos que terão o potencial de serem mais acessíveis e mais efetivos.