#30 A contratação executiva como elemento-chave para escalar empresas, distribuição de talentos em tech e todo o pioneirismo em torno dos psicodélicos
Talent
Como você escala de uma startup em estágio inicial (com alguns funcionários) para uma empresa em estágio de crescimento (com centenas ou até milhares de funcionários)? Sem rodeios, a resposta é simples: foque em contratar os executivos certos!
Uma boa construção de equipe executiva é um dos elementos mais importantes para efetivamente escalar nos estágios de crescimento. E não sou eu quem está dizendo, são os operating partners da A16z, Jeff Stump (lider do time de Talent Network) e Shannon Schiltz (à frente do time de People Practices). Esse é um ótimo artigo sobre a importância do founding team.
A maioria das conversas sobre “grandes talentos” pressupõe a distribuição de Pareto; no entanto, um exame mais detalhado sugere que diferentes culturas corporativas se beneficiam de diferentes tipos de distribuição de talentos (normal, Pareto e uma terceira opção: bimodal) de acordo com o problema que estão tentando resolver. A distribuição bimodal de talentos é rara, mas observada com mais frequência em indústrias criativas, incluindo alguns tipos de empresas de software.
Enquanto as empresas de Pareto competem por A-players (generalistas de alto QI), as empresas bimodais competem por pivôs (aqueles que são excepcionalmente talentosos em uma tarefa que poucos podem fazer). Essas diferenças respondem por variações no estilo de gerenciamento e nas culturas corporativas.
Curiosidades
O que significa ser “resourceful” (que pode ser traduzido para “engenhoso” em português), e por que essa é uma característica valiosa? Esse artigo explora os diversos ângulos dessa skill e detalha como ela é, de fato, uma fonte de conhecimento sem igual.
Um artigo que analisa a literatura e traz uma provocação que, apesar de não ser possível cravar como um fato absoluto, indica que estamos diante de uma diminuição geral na capacidade de se concentrar. E essa pode, sim, ser uma questão importante para a humanidade já que existem tópicos muito difíceis de se entender sem a devida atenção e uma concentração consistente. Se piorarmos coletivamente nesse aspecto, perderemos completamente a capacidade de realizar uma infinidade de feitos.
Os psicodélicos são um tema quente no momento. E eu me interesso bastante pela aplicabilidade deles no tratamento de doenças, incluindo a ansiedade e a depressão
Esse estudo, por exemplo, demonstra a capacidade que os psicodélicos possuem de “reabrir” o período crítico no aprendizado da recompensa social em indivíduos submetidos clinicamente a substâncias como ketamina, psilocibina, MDMA, LSD e ibogaína. O aprendizado de recompensa social é fundamental para a formação e manutenção dos relacionamentos sociais, ele permite que os indivíduos associem certos comportamentos sociais a resultados positivos, reforçando esses comportamentos no futuro.
A capacidade de aprender com as recompensas sociais é um importante aspecto da cognição social e desempenha um papel significativo na saúde mental de todos nós. Essas substâncias, quando aliadas a acompanhamento médico e psicológico, permitem que nossos cérebros sejam reconfigurados na área da sociabilidade - o que pode ajudar de maneira inédita no tratamento de um grande leque de condições neuropsiquiátricas que interferem na qualidade de vida de muitas pessoas.
Ainda sobre essa pauta, Chris Colin traça um paralelo interessante: esquiadores às vezes batem nas árvores e, ainda assim, é uma atividade que vale a pena. Mas não podemos nos esquecer que as montanhas têm patrulhas de esqui para eventualidades como essa. Agora, quando se trata dos riscos mentais relacionados ao uso de psicodélicos, a ajuda disponível tem sido historicamente limitada. Apesar da popularidade do uso dessas substâncias com guias profissionais, tais como um xamã ou voluntários em retiros organizados, a maioria daqueles que optam pelo consumo de substâncias psicodélicas não dispõe desse recurso já que estão em shows, festas ou na privacidade da própria casa.
Com o “boom” de psicodélicos, surgiu um movimento de pessoas que se voluntariam para prestar o primeiro auxílio em caso de situações críticas em viagens psicodélicas indesejadas, que beiram o terror. Esse artigo da Wired traz uma narrativa super envolvente sobre o que pode acontecer quando determinadas portas da psiqué são abertas sem o devido direcionamento mental e sobre como agem os voluntários para trazer de volta aqueles que entraram em bad trips.