#26 As perspectivas de investidores sobre AI e o esporte enquanto negócio
AI
Jerry Chen, sócio da Greylock, aborda a questão da defensibilidade dos modelos de negócio que estão surgindo e os possíveis “moats” (barreiras de entrada) na era de AI.
Reid Hoffman, fundador do Linkedin e sócio da Greylock compartilha suas perspectivas sobre a regulamentação de AI e a ideia de que cada a tecnologia deve ter uma pessoa ou pessoa jurídica associada. Para além da discussão sobre o regime de responsabilidades ideal para LLMs, Hoffman foi enfático sobre seu entusiasmo com o que a IA possibilitará.
Nesse artigo, a sócia da NFX, Morgan Beller, aborda a capacidade da inteligência artificial viabilizar o fenômeno do “leapfrogging”, ou seja, de dar saltos maiores que a evolução gradual de indústrias e tecnologias, e como isso pode se aplicar em várias verticais.
Benedict Evans, ex-sócio da a16z, dá a sua perspectiva e discute a falácia do “lump of labor” e o paradoxo de Jevons.
Em linhas gerais, a falácia do Lump of Labor se refere à ideia equivocada de que há uma quantidade fixa de trabalho a ser feito e que, se algum trabalho for realizado por uma máquina, haverá menos trabalho para as pessoas. Ocorre que, se ficar mais barato usar uma máquina para fazer, por exemplo, um par de sapatos, então os sapatos ficarão mais baratos, mais pessoas poderão comprar sapatos e terão mais dinheiro para gastar em outras coisas. O ganho eficiente não se limita ao sapato: geralmente, ele se espalha pela economia e cria nova prosperidade e novos empregos. Portanto, não sabemos quais serão os novos empregos, mas temos um modelo que diz não apenas que sempre houve novos empregos mas que isso é inerente ao processo.
Artigos como esse trazem elementos muito pouco elucidados no debate acerca dos impactos sócioeconômicos da inteligência artificial.
O sócio da Altimeter, Vivek Goyal, traz luz à capacidade da inteligência artificial democratizar serviços que antes eram exclusivos para poucos privilegiados, tais como assistentes pessoais, terapeutas, criadores de conteúdo, programadores, entre outros.
Ser veloz e ter um mindset que prioriza a velocidade vai ser ainda mais importante na era da AI. Nesse artigo, o sócio da NFX, James Currier, reitera que toda transformação tecnológica traz uma maior necessidade por dinamismo e, com a inteligência artificial, isso se tornará ainda mais intenso dada a facilidade de se iterar sobre diferentes assuntos.
Sports as a Business
Muito interessante a perspectiva de “unregulated monopolies” trazida pelo ácido Scott Galloway. Na era de AI, conteúdos/entretenimento 100% humanos me interessam muito! Chego a me perguntar se acabaremos dando mais valor àquilo que não for produzido por máquinas e algoritmos.
Vale dizer que o business do futebol também está evoluindo no Brasil através das SAFs e da possível criação da liga brasileira - mesmo que de forma “abrasileirada”, com dois projetos concorrendo pelos potenciais bilhões em receita.
Como envolve algo emocional para muita gente, nem sempre é fácil conduzir um time como um negócio. Precisa envolver a essência e alma dos clubes: os fãs.
Artigo sensacional sobre campanha de realocação mais bizarra da história do esporte moderno - e uma fan base que não deixou de reagir.
O co-fundador da Nike, Phil Knight, e o proprietário minoritário dos Dodgers, Alan Smolinisky, se ofereceram repetidas vezes para comprar o time da NBA, Trail Blazers. Mas esse é um dos complexos e raros casos em que alguns bilhões não podem comprar tudo.
A tendência é vermos vários esportes seguindo uma dinâmica parecida com as ligas de futebol. Nos EUA, já é bem comum ligas como NBA (basquete) e NFL (futebol americano). Esse artigo traz os bastidores do que rolou na liga do golfe, PGA, recentemente.