#25 O globalmente subestimado progresso, AI, Morgan House e Christopher Nolan
AI | Follow Up do Artigo do Marc Andreessen
Lex Friedman entrevista Marc Andreessen sobre AI, tecnologia e o futuro da internet. O episódio traz tópicos como LLM training, JavaScript, história dos browsers, energia nuclear, economia e riscos da inteligência artificial e atua como uma continuação do artigo que Andreessen escreveu há algumas semanas expressando seu otimismo com AI.
No caminho oposto do otimismo, trago um artigo muito interessante do NYTimes que fala sobre os vieses cognitivos que nos fazem acreditar que tudo ao nosso redor está piorando.
Adam Mastroianni e Daniel Gilbert recentemente publicaram um estudo na Nature apresentando as evidências que levam a esse modus operandi. Embora pesquisadores anteriores já tenham teorizado sobre por que as pessoas podem acreditar que as coisas pioraram, eles foram os primeiros a investigar essa crença em todo o mundo, para testar sua veracidade e explicar de onde ela vem.
Não estamos no meio de um declínio moral sem fim e o progresso não estagnou. Esse é, possivelmente, o melhor momento da história da humanidade para alguém nascer. Então, por que as pessoas são tão suscetíveis a essa linha de pensamento pessimista?
As 235 pesquisas com mais de 574.000 respostas coletadas mostram que a maioria esmagadora das pessoas acredita que os humanos são menos gentis, honestos, éticos e morais hoje do que eram no passado. E a crença nesse declínio moral já estava presente em uma pesquisa realizada em 1949.
Isso poderia não ser problema nenhum. Acontece que, enquanto acreditarmos nessa ilusão, estaremos suscetíveis às promessas de aspirantes a autocratas que afirmam poderem nos levar de volta a uma era de ouro que existe no único lugar em que uma era de ouro já existiu: nossa imaginação.
Morgan House explica aqui sua teoria sobre o por que ser otimista dá trabalho e por que o progresso é tão facilmente subestimado.
De acordo com ele, o progresso tecnológico é fácil de subestimar porque é muito contraintuitivo ver como, por exemplo, as filosofias de um cara que inventou o filme Polaroid iriam inspirar o iPhone. Ou como um físico do século 18 escreveria um caderno que estabeleceria as bases para um sistema elétrico moderno.
Se você vê o progresso como impulsionado pela genialidade dos indivíduos, é claro que é difícil imaginar um futuro em que as coisas sejam dramaticamente melhores, porque nenhum indivíduo é muito mais inteligente do que a média.
Mas quando você o vê como uma pessoa apresentando uma pequena ideia, outra pessoa copiando essa ideia, ajustando um pouco, outra pegando esse insight e manipulando um pouco, outra ainda pegando aquilo e combinando com outra coisa, de repente é muito mais concebível!
Cultura | Conteúdo e Streaming
Maria Streshinsky entrevista Christopher Nolan para a Wired. O diretor do drama histórico "Oppenheimer", que será lançado no próximo mês, fala sobre risco existencial, como um cineasta tradicional pensa sobre inteligência artificial e niilismo.
Na década de 1990, dois artistas russos pagaram uma empresas para criar pesquisas sobre a pintura “ideal” em meia dúzia de países ao redor do mundo. Todas as pinturas ficaram mais ou menos iguais. Três décadas depois, esse fenômeno se fortaleceu em todos os tipos de estilo e cultura em todo o mundo.
Este perfil da chefe global de televisão da Netflix, Bela Bajaria, oferece uma visão única de como os programas são criados e distribuídos. Nas palavras da executiva, o programa ideal da Netflix é o que um de seus vice-presidentes, Jinny Howe, chama de “cheeseburger gourmet”, oferecendo algo “premium e comercial ao mesmo tempo”.
O Netflix não conta com uma lista mestra de todos os “originais no idioma local” em andamento e o trabalho de Bajaria não é decidir quais shows serão feitos. Na verdade, o sistema descentralizado oferece oportunidades para o que ela chama de “aprendizado intercultural”. Sob sua liderança, a Netflix atua como um conversor universal de energia, conectando e adaptando formatos de programas de sucesso para diferentes partes do mundo.
Em contrapartida, existe um estúdio que atua com uma mentalidade bem diferente dos demais, chegando a lembrar a tese de uma venture capital.